terça-feira, 30 de junho de 2009
POR DO SOL
No fim do dia
Tua luz já parte
Nas montanhas das Gerais
Você faz a despedida.
Parte o sol
Leva o nosso dia
O cansaço dos filhos da mãe terra.
Conquistas e sofrimentos
Do trabalho humano.
É preciso que vás
À noite...
À porta...
Já anseia!
Trazer aos homens o descanso.
No céu avermelhado
Nas florestas, os pássaros entoam
O louvor do adeus.
Retornam a casa, os homens.
Vida e leito se misturam.
Preparam-se para que
Amanhã possas te receber
Novamente.
Vás, mas retorna-te
Porque a vida continua.
Crisjoli Fingal
sexta-feira, 26 de junho de 2009
CORAÇÃO AFRICANO
Ferido o peito com o suor
Das montanhas e dos cerrados
Das calejadas mãos
Dos negros escravos.
Abrindo os campos
Ceifando aos cantos
Suplicaram à Mãe
Que aliviassem os prantos.
Plantando o Brasil!
Nos engenhos e senzalas
Lutaram pela liberdade
Em busca do sonho que iguala.
O Brasil é negro!
Da força e da dignidade
Do trabalho nas fazendas
Das Minas da Liberdade
Com os pés no chão
E o coração na África
Dançaram a saudade
Nas terras da América.
Zumbi, dos Quilombos ao Palmares
Do sangue das velhas matas
Por uma sociedade sem males
Sem o preconceito que fere e mata.
(Poesia para o Concurso da Raça Negra em Pouso Alegre - 2008)
Crisjoli Fingal
terça-feira, 23 de junho de 2009
PALAVRAS EXPRESSAS
Já passei inúmeras vezes
Ao lado de um sonhador
Nunca descobri seus sonhos
Muito menos, sua dor.
Não vi suas ilusões
Nem ouvi seu clamor.
Sua vida parecia simples
Como a vida de uma flor:
Desabrochava antes do sol
Recolhia ao seu pôr.
Não sei se tenho sonho
Ou se, o que sinto é amor.
Porque tem tanta voracidade!
Invade-me de furor!
Sinto a fragrância da vida
E a força do calor.
Crisjoli Fingal
Ao lado de um sonhador
Nunca descobri seus sonhos
Muito menos, sua dor.
Não vi suas ilusões
Nem ouvi seu clamor.
Sua vida parecia simples
Como a vida de uma flor:
Desabrochava antes do sol
Recolhia ao seu pôr.
Não sei se tenho sonho
Ou se, o que sinto é amor.
Porque tem tanta voracidade!
Invade-me de furor!
Sinto a fragrância da vida
E a força do calor.
Crisjoli Fingal
domingo, 21 de junho de 2009
CANÁRIO DA TERRA
Algo me faz lembrar
Das coisas da minha terra
Quando ouvia cantar
Os canários da terra
Naquela cidade pacata
Escondida entre as serras
Nos verdes das matas
Vieram os canários da terra
Quem disse que já foi a “Parada”
Na história que encerra
Na consciência da criançada
Nasceram os canários da terra
Meio ambiente e educação
Parceria que nunca erra
Na alma e no coração
Cantam os canários da terra
Na torre da igreja
A vida se faz quimera
A prece se goteja
Unindo aos canários da terra.
Crisjoli Fingal
Das coisas da minha terra
Quando ouvia cantar
Os canários da terra
Naquela cidade pacata
Escondida entre as serras
Nos verdes das matas
Vieram os canários da terra
Quem disse que já foi a “Parada”
Na história que encerra
Na consciência da criançada
Nasceram os canários da terra
Meio ambiente e educação
Parceria que nunca erra
Na alma e no coração
Cantam os canários da terra
Na torre da igreja
A vida se faz quimera
A prece se goteja
Unindo aos canários da terra.
Crisjoli Fingal
(Poesia em homenagem a Olímpio Noronha - MG (Antiga Parada de Santa Catarina) pelo trabalho de preservação dos canários da terra)
sábado, 20 de junho de 2009
GOTAS DE SUOR
Caminho às margens deste abismo
procurando por uma passagem
Que me leve para o outro
lado desta imagem
Seguro na ponta deste fio.
Deste medo interminável.
Buscando me assegurar
Que a vida não é incansável
procurando por uma passagem
Que me leve para o outro
lado desta imagem
Seguro na ponta deste fio.
Deste medo interminável.
Buscando me assegurar
Que a vida não é incansável
Sinto o cheiro do suor
Pelas gretas deste imenso vale.
A cada gota que se parte
Sinto que a voz se cale.
Morrerei na hora
Da verdadeira passagem
Não podendo mais reagir
Com o fim desta linguagem.
Pelas gretas deste imenso vale.
A cada gota que se parte
Sinto que a voz se cale.
Morrerei na hora
Da verdadeira passagem
Não podendo mais reagir
Com o fim desta linguagem.
Crisjoli Fingal
quinta-feira, 11 de junho de 2009
INSTANTE
Ao lado, no meu canto
Perdi o encanto
Me pergunto: até quando?
Viverei este espanto.
Aqui na saudade
Não há mais vaidade
A antiga seriedade
Fugiu sem vontade
Opaco e parado
Meu mundo, o passado
Ficou de lado
O desejo desequilibrado
Agora, vou me levantar
Deste instante vou levar
Apenas meu pensar
Ao me retornar.
O dia que começou
Com proezas revoou
O pensamento que chegou
Num instante já passou!
Crisjoli Fingal
quarta-feira, 10 de junho de 2009
ATITUDE
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