terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CASINHA BRANCA





Casinha branca
Escondidinha ao pé da serra
Saudades das minhas
Cabriolas de criança!
Casinha simples...
De pau a pique
Quase no nada!
Ao quintal,
O velho jequitibá
Faz sombra à velha carroça.
Carroça de madeira
Hoje aposentada.
Que trabalhou na roça.
Puxou balaios de milhos
Sacas de arroz e de feijão
Puxou bambu para cercas
Lenha para o fogão.
Carroça das latas de leite...
Carroça que divertiu crianças
Carroça amiga
Amiga do burro que já se foi...
Carroça que descansa
Perdida no tempo
Olhando para velha palhoça
Escutando seu lamento.

Crisjoli Fingal 

3 comentários:

Pupa Dias disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pupa Dias disse...

Cristiano... Como sempre suas palavras emocionam, como é bom ler. Palavras transformam, salvam, trazem paz de espírito.
Obrigado por compartilhar comigo este poema tão lindo!
Forte abraço
Pupa Dias

Eliane disse...

Que bonito Cristiano!