domingo, 10 de outubro de 2010

Dia do Professor



"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."

Paulo Reglus Neves Freire
(1921 -1997)



Educador Brasileiro


Dia dos Professores

Educar é uma arte milenar que conduz o ser humano, leva-o a sair do engano que a limitação ou imposição do mundo quer lhe conferir.

O papel do educador qualquer que seja esse, seja dúvida ou dor, sempre será feito com amor, pois ele faz do seu trabalho não um quebra-galho, mas um fio condutor, na certeza de que na vida de uma criança é e sempre será um agente transformador.

Na maioria das vezes, ao chegarmos ao topo, ao alcançarmos o ideal pretendido nos esquecemos de que lá estamos pela força da educação que recebemos. Esquecemos que lá chegamos porque aprendemos pela vida que se revelava nas palavras do mestre que nos ensinava a sabedoria do bem viver.

Hoje, até parece que a sociedade não mais carece do ensino do professor. Não há agradecimentos nem preces, pelo ato do labor que foi feito com lutas e insônias, pelo ensino sem parcimônia do trabalho do educador.

Amigo professor, tudo que agora escrevo a você devo por me ensinar. Na escola é que aprendi que a vida que se vive aqui, tem que saber enfrentar. Aprendi que a pessoa do outro, eu devo amar e respeitar, pois o que eu lhe fizer a mim vai retornar.

Tem gente que acredita e diz que pior que está não fica esta vida na sua mesmice, não sei se isto é verdade ou apenas um jeito de rimar, mas sei que ninguém quer ver o ser humano em esperanças e horizontes, sem condições de lutar.

Por isso é que agradeço quem me ensinou a ler, a escrever, a falar o que sinto e a observar que os valores que eu recebi no meu berço são aqueles que nunca vão se esgotar.

Por isso neste dia tão especial de festa, que não é natal, mas é importante, é preciso que se fale de gratidão, de agradecimento e de valorização deste que sempre foi é e será o mestre. Aquele que apesar de tudo vive para nos ensinar.

Cristiano José de Oliveira

Mensagem postada no site:
http://www.sipromag.com.br/ em homenagem ao Dia dos Professores.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Caricatura Selvagem

Enquanto nos preparamos para o outubro, mês das crianças e dos professores, somos surpreendidos pela eleição, tempo de democracia, cidadania e hipocresia.
São tantas "ias" que a vida perde a sua harmonia, numa tentativa de compreender esta simbologia discursiva dos palcos, palanques e fantasia. Parece que o jeito é se caracterizar de marionetes e brincarmos de faz de conta. Mas, infelizmente não é brincadeira. A coisa é séria.
Não podemos ser idiotas e fingir que tudo esta bem. A banda passa e, enquanto isso alguns restam nos bancos das históricas praças vendo o movimento...

Renato Russo expressou muito bem isso na canção abaixo.

Índios

(Legião Urbana)


Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do inicio ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.