quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

MENTIRA



Não sei se era Antônio, João ou Maria
Não sei se tinha rosto, pseudônimo ou se mentia
Não sei se era passado, se tinha futuro ou alegria
Não sei se vivia da noite ou se buscava a luz do dia.


Só sei que fraudava os sinais.
Burlava as palavras
Sem consequências finais.

Com sua perna curta
Perdida em discurso impreciso
Apesar de ser astuta
Quando quebrou o paraíso.

Vivia calada,
Em meio à escuridão
Tinha boca de vento
Sopro de silêncio
Garras de gavião.

Tinha medo do pensamento
Quando o discernimento
Disse-lhe: “Aqui não!”

Perdeu para a verdade
Morreu em sua vaidade
Quando a confiança
Não lhe deu mais razão.



Crisjoli Fingal 

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