A estrada que corta este
sertão tem poeira, tem pó, pois é estrada feita de chão. É estrada de gente que
pisa a terra, que caminha ao calor do sol, que tem força que move o passo. Gente
que busca o frescor da noite para descansar a alma. É sertão esquecido por
muitos. Quase não amado por ninguém. Mas, é sertão de resistência. Sertão de
paciência e de esperança. Sertão que sobreviveu ao tempo. Que alimentou o sonho
e impulsionou a partida. Sertão de saída e de permanência. Sertão de terras
distantes. Que poucos aventuraram. Sertão de muitas histórias. De mãos polidas
e calejadas de memória. Sertão de céu azul e chão rachado. Sertão de
reminiscências e de rogados.
Crisjoli Fingal
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