terça-feira, 21 de julho de 2020

O PÊNDULO DO TEMPO


Às vezes me deparo em desencontros.
Recobro o instante;
perco-me no vazio do tempo.
Meus devaneios reforçam o pensamento.
Reflito com o isolamento.
Desdobramentos...
Uma pausa!
Deleito no momento; encantamento!
Saudade é uma tal coisa apertada,
desejada em partir...
Sinto falta da estrada, da curva desconhecida
Do cheiro do vento que sopra no litoral
Tenho saudade doída do abraço.
Do olhar...
Do sorriso...
Não sei o que faço!
Apenas me laço em memórias...
Saudade do não bem vivido
arrependido... aperto doído...
consumido pelo tempo perdido.
Viagens e saídas não saem dos planos.
Rodas de boteco,
beira de calçada,
prosa esticada.
Que venha logo o fim de ano!
Meus devaneios... meus encontros.
Receio pela palavra que aproxima
O ponteiro que o tempo controla.
Ordem ao caos
Existir, me anima.
Neste pêndulo andarilho
Penso no não feito
No sem jeito,
Que move meu peito.
Perco quando me encontro!
Sou apenas o brilho
Da prece
De quando Deus sai do seu esconderijo
E afaga meu rosto tão rijo.

Crisjoli Fingal - Inverno de 2020

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