sexta-feira, 20 de abril de 2012

POR ENTRE MUROS E PAREDES



Ficamos presos nos “muros das lamentações” cotidianas que erguemos como proteção para resguardar nossas propriedades adquiridas com os conceitos e discursos hipócritas. Muros que fazem parte de uma sociedade politizadora com formas consideradas corretas e universalizantes. Uma sociedade delirante que prega o medo e a indiferença para com o outro.

 

Nossas paredes e nossos muros dividem o mundo politicamente correto, dentro de nossos valores com o mundo do outro; que quando não se encaixa com nossas reservas, fica à deriva.

 

Dividimos o mundo de nossas casas com as dos vizinhos e com as ruas incertas; ora agitadas, ora desertas no auge das madrugadas.

 

Pelas ruas transitam pessoas solitárias, atribuladas, estressadas e cheias de compromisso. Pessoas cansadas e com medo umas das outras; medo da violência, medo de tudo. Medo do incerto.

 

Por outro lado, há aquelas que têm carinho. Pessoas que tem fé. Que acreditam no amanhã. Que acreditam no ser humano. Pessoas que querem ver as paredes erguidas como forma de habitação. Paredes que protegem e que são sustentadas por vigas de uma amizade solidificada nos valores humanos. Paredes que não são apenas divisoras de dois mundos, mas que são capazes de guardar as telas mais belas da vida; nossa verdadeira imagem.

Crisjoli Fingal

Um comentário:

Pelos caminhos da vida. disse...

Obrigada Cris por se tornar seguidora do meu blog, seja bem vinda.

Uma boa semana para vc.

beijooo.